sexta-feira, 26 de junho de 2009

Workshops iluminados!

Após passadas três semanas de trabalho, volto a escrever nesse diário. Na verdade, minha contribuição só pode ser esporádica, já que ando muito envolvido com minha dissertação de mestrado, cujo título, ainda provisório, é: Iluminação e a Construção do Espetáculo: uma Proposta Pedagógica. Além do sofrimento de escrever formalmente, tenho que agüentar “esses malas” me chamando de “mestre” como se o conhecimento acadêmico fosse um atestado de inteligência.

Brincadeira à parte, venho aqui descrever sobre duas experiências com luz realizadas nessa última semana de trabalho no processo do capitão, a sombra chinesa do César e a farolete de marinheiro do Marco. A primeira foi inspirada na imagem de um filme (desculpem não me recordo o nome, sou péssimo para guardá-los, assim como o Lima rsrsrsrsrs) e, nada mais é, do que a clássica convenção da sombra chinesa que começa a se comportar a revelia dos gestos do seu dono, como o Peter Pan (não sou louco! Não é esse o filme.). O segundo, foi um exercício com um farolete antigo de marinheiro que se transformava em luneta no decurso do workshop, detalhe, o pequeno telescópio também emitia a luz com uma lanterna adaptada.

Eu e Paul (como carinhosamente chamo o César) ficamos, depois do expediente, experimentando luzes para a melhor realização técnica do workshop. A idéia de trabalhar com sombra chinesa, á uma vontade antiga, e vinha sendo discutida há, pelo menos, uns dois anos com o César, até materializar-se de forma simples e preliminar nesse exercício. O farolete do Marco foi construído e desenvolvido pela nossa querida estagiária Gabriela, que conseguiu sintetizar as idéias mirabolantes, e poéticas, do Air France (a forma não tão carinhosa que chamo o Marco).

A única lamentação foi não estar presente no dia da apresentação dos workshops! De qualquer forma, fica aqui minha felicidade e de ver os atores incorporando o elemento luz nos seus exercícios de criações individuais, já que defendo que a construção da iluminação do espetáculo, principalmente em processos criativos mais coletivizados, não deve ser uma prerrogativa única e exclusiva do iluminador.

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