quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Questões

O espetáculo está mais ou menos fechado. Além das limpezas, ainda tem algumas cenas a serem acrescentadas. Ensaiamos a transição entre o momento que se percebe a falta da personagem Capitão Marinho, até a cena em que entra a televisão, nesse momento, a ideia era que os personagens enrolassem o público e apresentassem alguma coisa enquanto esperavam a chegada de Marinho. Fernando então propôs que os meninos experimentassem várias saídas, e saíram coisas bem divertidas: César fez mágica com dedinhos, Camille entrou e saiu rastejando e cantando, Rê fez “malabarismo” com uma bola e um patinho embaixo do braço, Marco tocou metalofone soprando pelo nariz...

 

Mesmo surgindo coisa boas, Fernando achou melhor não ter essa cena, pois não estava contribuindo com o espetáculo, era apenas uma coisa a mais. Então, os meninos deixaram do jeito que estava antes, e ajustaram a cena da televisão e do camarim. Depois de marcar a cena e uma pausa rápida para um lanche, voltamos e conversamos sobre algumas questões levantadas: Por que ter a cena do Urashima? Que justificativa dramatúrgica encontramos para a inserção dessa cena? Como não transformar a personagem Xandó num protagonista da peça? Como resolver a dificuldade em transcrever e ajustar o texto da cena dos pescadores de forma que se mantenha o jogo, como fazer o video da trupe, andamento do redemoinho?

 

Bem, sobre a cena do Urashima, foi dito que se sente falta de uma maior apresentação das personagens da meninas e que vamos trabalhar a cena. No entanto, ainda não está claro a justificativa da cena na peça. Com relação ao Xandó, Fê propôs que na cena em que ele conversa com Marinho os meninos revezem a personagem do pescador, e quanto à cena dos dois pescadores, Marco e César ficaram de escrever o texto e passar para Fernando, e César ficou de trabalhar no roteiro do vídeo da trupe.

 

Aproveito para registrar que o Anderson, do grupo Heureca, de Campina Grande, que é amigo do Fernando, veio assistir o ensaio. Foi um dia bem legal de trabalho e que rendeu.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Cartaz II

Mais um dia de arte do material gráfico. As propostas de ontem, apesar de interessantes, não falavam tanto da peça. O grupo conversou sobre elas, e depois foi trabalhar em outra proposta para o cartaz. Nada muito certo, até que César lembrou de uma ideia que tinha tido, os meninos gostaram, e assim ele começou a trabalhar nela, com a ajuda de Marco e Fernando. Enquanto isso, Renata trabalhava em outros afazeres administrativos do grupo, Tili treinava seu texto. Dias assim deixam os meninos um pouco desanimados por não ter ensaio, mas ao menos hoje deu certo.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Cartaz

Atrasados com a entrega da arte do material gráfico do espetáculo, os meninos trabalharam o dia inteiro na confecção dela, tiveram algumas ideias, tiraram fotos no meio da rua, e nesse meio, as meninas ensaiaram o texto do Urashima. Assim o tempo foi passando, até que aos poucos os meninos foram para casa, e ficaram no barracão César, Fernando e eu. Fê e César ainda não tinham achado “a ideia”, mas ainda assim trabalharam em duas propostas boas para o cartaz. E eu fiquei lá do lado falando um pouco de bobagem... Lá pela uma e pouco da manhã fomos para casa.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Frescor

O primeiro trabalho de hoje foi uma reunião com Wanda para conversar sobre como está sendo o decorrer da confecção de figurinos, produção, cenário e os problemas que precisam ser resolvidos. Em seguida, Fernando iniciou o ensaio, ajustando os primeiros momentos da peça: o prólogo, propondo mudanças no texto e trabalhando as intenções, depois a cena trupe, marcando coreografia, formação da batucada e as entradas das figuras, e por fim a entrada de “Giulietta”, personagem da Rê, no lugar do Capitão Marinho. Ela repetiu várias vezes a sua entrada, procurando o melhor jeito de fazer.

 

No entremeio disso, César trabalhou com Pablo em algumas fotos que precisavam ser feitas para arte do cartaz. E depois de uma pausa para o lanche, Fê ensaiou de um por um, as contações simultâneas, e pediu que os meninos fizessem quatro coisas ao contar: ter segurança no roteiro, manter o frescor e a paixão pela história, propor dinâmicas de volume e cor, e enfatizar três palavras livro, ofício e concha.

 

Por último, os meninos gravaram a cena dos pescadores, para que Fernando pudesse transcrever. Ah! E quem esteve no barracão, acompanhando e contribuindo com o ensaio foi Titina, parceirona do grupo. Durante o ensaio das contações, Titina falou duas coisas muito legais: que os meninos precisam reagir ao que estão contando e que, durante a peça, a presença do ator deve “devorar” o público. Como espectadora, eu já fui muitas vezes “devorada” por uma peça ou pelos atores, é como se a presença deles preenchessem todo o espaço cênico e me atingissem com uma energia que não sei explicar. E se eu já me emociono com a peça do jeito que ela está, quero só ver o que vou sentir, quando os meninos tiverem mais apropriação dela todinha e quando essa presença cênica estiver mais conquistada...