quarta-feira, 24 de junho de 2009

Uma provocação!

“Talvez o mais importante paradoxo relacionado ao caráter da Era Moderna seja a estranha maneira como seu progresso, depois da Revolução Científica e do Iluminismo, trouxe ao homem ocidental, poder, expansão, amplitude de conhecimento, uma profundidade de percepção sem precedentes e o êxito material que ao mesmo tempo serviu para enfraquecer a posição existencial do ser humano em virtualmente todas as frentes – primeiro, de forma sutil e depois, decisivamente: metafísica, cosmológica, epistemológica, psicológica e, finalmente, até mesmo a frente biológica. Uma irreversível oscilação, um entrelaçamento indissolúvel entre positivo e negativo pareceu marcar a evolução da modernidade.”

Richard Tarnas – A Epopéia do Pensamento Ocidental.


Não sei se posso ou devo abraçar o postulado de Tarnas incondicionalmente. Não sei se as complexidades de toda uma época caberiam tão facilmente em um mapa dualista como esse. Mas fato é que, no livre exercício reflexivo sobre o nosso querido Capitão, temos aí uma provocação interessante.

Certo dia, sem muitas explicações, Marinho larga seu ofício, seus amigos, sua trupe, para ir em busca do seu sonho. Chegando lá Marinho percebe que o seu mar só faz sentido no contexto da realidade que ele abandonou, ou ainda na plenitude do seu ofício.

Então eu pergunto:

Qual o custo do alargamento do território humano?
Sob que interesses o homem traça sua jornada, sua busca?
Quais são seus verdadeiros balizadores?

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