quinta-feira, 25 de junho de 2009

Ensaio da trupe

Sávio comandou o primeiro momento de trabalho do grupo, com o Contact Improvisation, e eu e Lima participamos também. Gostei bastante desse primeiro “contato”! Rs...

Terminado o Contact, fizemos uma roda, sentados no chão, e conversamos sobre esses dias com Lima, que teve uma avaliação muito positiva e significativa para o grupo, e falou da relação de escutar e de aproveitar bastante o que Lima propõe.

Ao fim da conversa, os meninos começaram a pesquisar formas de andar orientando-se pelas conexões ósseas. Eles escolheram três andares, dos que acharam mais interessantes, e depois mostraram para Lima. Apresentadas as opções, o diretor escolheu um andar de cada um e pediu que os outros também aprendessem.

Fizeram uma caminhada juntos, em formato de cruz, que foi sendo modificado, até que o formato final ficou: Marco na frente, Renata e Camille atrás e, depois delas, César. Lima foi direcionando, propondo ajustes nos andares, buscando uma imagem da trupe chegando.

No exercício seguinte, Lima pediu que um ator fosse para a cena e fizesse uma ação de uma ação qualquer. Depois, enquanto este ainda estava em cena, outros iam entrando, fazendo uma ação diferente, dentro da mesma ação sugerida.

Camille foi primeiro e começou a debulhar algo, que depois ficou claro que era feijão. Marco pegava a vagem e jogava no lixo, Renata catava a sujeira do feijão, César cortava o pé de feijão e trazia para Camille debulhar.

Depois, fizeram o exercício novamente. Marco começou a limpar garrafas, a princípio sua ação não ficou muito clara para mim, porque não consegui enxergar o pano, só vi que ele pegava a garrafa. Aos poucos, fui começando a entender. César preparava drinks, com as garrafas que Marco limpava, Renata começou a beber os coquetéis que César preparava e Camille lavava as taças sujas.

Em seguida, Lima pediu que eles montassem uma máquina em ação, usando os seus corpos e sons. Eles montaram uma máquina que não sei bem como descrever, mas sei dizer que foi divertida e que continha cenas um tanto obscenas.

Ainda na mesma proposta, Lima pediu que os meninos, pensando na imagem da trupe montando o lugar para a apresentação, mostrassem essa imagem apenas com seus corpos, objetos imaginários e sons, e se preocupassem em mostrar que trupe estava montando algo, e não em tornar a cena realista.

Assim, os atores começaram a conversar sobre como fazer isso e a buscar soluções. Um dava uma idéia aqui, outro ali, até que eles chegaram a uma imagem dos quatro atores, abrindo uma espécie de baú grande, e definiram alguns sons interessantes que pontuavam o trabalho da trupe enquanto abriam o baú.

Após isto, os atores montaram os ambientes que haviam criado para os seus personagens – Marco/escritor, Renata/dona de casa, Camille/lavadeira e César/pescador – e começaram a escrever trechos do livro, tentando se concentrar e memorizar. Ao terminarem, eles deram uma passada em tudo. Fizeram a entrada da trupe, a abertura do baú e seguiram para os seus lugares, onde começaram a contar a história do Capitão e a Sereia.

Aos poucos, foram surgindo ideias. Lima experimentou uma proposta que fiz ontem, de que em cada ambiente tivesse um aquário com água. Marco começou a gravar a Renata falando, como se ele a estivesse entrevistando, foi até ela e pegou um cafezinho. Aos poucos, cada ator foi construindo ações interessantes para os seus personagens.

Depois, tivemos uma rápida conversa sobre o ensaio. Ficaram algumas sugestões, como cada ator buscar ações mais sonoras, e outras formas de intervenção nas cenas e nas transições entre cada texto, para dar mais dinâmica e tornar a cena mais interessante.

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