quinta-feira, 2 de julho de 2009

Amaciando a madeira

"Batatinha quando nasce se esparrama pelo chão..."

Pobres batatas. Quais? Das pernas, das minhas, das nossas. Trabalhando já há três dias com o Mestre Helder, o nosso Capitão nessa "empeleita" rumo aos caminhos e ao universo do Cavalo-Marinho, eis que percebo que nasce uma batata. A da perna. Não sabia que tinha uma, digo, duas.

Acho que depois de um ano e meio de uso no nosso espaço, finalmente agora, nessa semana de trabalho, o chão, o tablado, área de trabalho foi amaciado. Na base do pisão, é claro. E o pulso ainda pulsa. E também foi a semana de estreia do nosso som. E que som! Havíamos comprado pós Fábulas na Escola e só agora, depois de termos ficado na mão com o som que usávamos pra tudo e que, aparentemente queimou algo, deu o ar, ou melhor, o som das graças. Graves, médios e agudos na medida certa. Quem for esse sábado para ver o ESPIRAL BRINQUEDO MEU, espetáculo do Helder e que será a atração do Barracantes do dia 4 de julho, ouvirá essa beleza funcionando. Bom, eu acho lindo!!

Das terras do Cavalo-Marinho e do Maracatu, vieram na bagagem do incansável Helder os nossos efeitos de mar que compramos à distância, do luthier Abílio, onde já tivemos o prazer de conhecer seus instrumentos e adiquirir alguns deles desde o primeiro contato musical, na montagem do Muito Barulho, em 2003. Hoje a tarde, com dois dias de atraso, finalmente receberemos os nossos cajons. Não vejo a hora de começarmos a brincar com eles.

Dentre as tantas novidades em meio a esse processo, continuo a levar "caldos" e mais "caldos" a cada dia. Nunca havia experimentado a verdadeira sensação do resultdo de um trabalho que se baseia na exaustão, como estamos vivenciando nesta semana de trabalho. Trabalhar com base na pulsação ininterrupta, resignifica muito pra mim esse caminho de construção energética. Fichas começam a cair. Peças a se encaixar. Tem sido uma rica experiência musical ligada diretamente e de forma mais palpável ao corpo. É onde se dá o privilégio dos encontros com profissionais tão importantes e que já começam a escrever a história dessa história que começamos a contar.

Falando em escrever, recebemos o nosso dramaturgo e bagaceiro Rafael Martins, que também já deu seu ar por aqui. Pobre homem, pouco sono e muita coisa a processar. Ele tem estado no seu cantinho, de longe, a observar. E a escrever. É só o começo.

Bem-vindo Rafa, Helder e João Lima que deixou saudades aqui, mas finalmente apareceu por essas bandas virtuais e que tanto nos aproxima.

E vamo que vamo!!

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