terça-feira, 30 de junho de 2009

Capitão Marinho

Hoje começamos retomando a internalização da pulsação a partir do chão, e aos poucos fomos ficando de pé, cada um no seu pulso. Helder não direcionou, apenas lembrou os parâmetros que trabalhamos ontem. Depois, Helder começou a tocar bombo, tambor, e fizemos a mudança de parâmetros movidos por essa fonte sonora externa, até que foi ficando cada vez mais específico e chegamos ao ritmo do baião. Helder cantou algumas toadas, e pediu para cada um fixar um fazer (um movimento) e repetir, com e sem som externo.

Em seguida, cada um mostrou o seu material aos outros, apenas com a música interna, depois cada um reproduziu o movimento de outra pessoa, a partir da indicação do Helder. Então, ele demonstrou algumas possibilidades de junção dos materiais fixados, trabalhando os diversos parâmetros.

Após isso, conversamos sobre o trabalho.

Por que o nome Cavalo Marinho? Existem várias versões, e a que o Helder mais gosta é que o nome vem de uma das figuras mais importantes, o Capitão. Dono da brincadeira, é ele quem chama as outras figuras, fala através de poesia e entra usando um cavalo. Em certo momento da brincadeira, ele chega com seu cavalo, daí a ideia de Cavalo Marinho. Existe uma versão de que Marinho é um sobrenome de alguma família importante que já existiu.

A sistematização do trabalho que Helder traz a partir da sua formação em Cavalo Marinho nos mostra grandes possibilidades de criação para o ator, pois não estamos aprendendo a brincar, embora interesse ao grupo conhecer essa dança, mas estamos vivenciando um “jeito de fazer”, como Helder gosta de falar, e isso abre portas para criação de personagens, matrizes, de partituras corporais e musicais. Além disso, ele trouxe por outra via, a da pulsação, o que o trabalho energético propõe mas, no nosso caso, mostrou-se de forma mais eficiente na produção de energia para a cena.

Helder trouxe um texto de cordel, e cantou como no maracatu, ele fez isso para mostrar um texto que tem regras específicas, como no maracatu, que seguem parâmetros, mas que é possível criar a partir de combinações.

Fernando passou uma tarefa de casa para os meninos, pediu que eles pensassem em como contar uma história mantendo um andamento, uma pulsação, com o ritmo do baião, essa pulsação tanto poderia ser externa, como interna. A história ele só vai trazer amanhã.

E pra finalizar, Helder colocou algumas músicas (no som novo!) e pediu que identificássemos a pulsação.

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