20:30h. Todos já tinham zarpado, sobrou apenas eu e Ronaldo, nosso velho e fiel faroleiro. Perduramo-nos um pouco mais na tentativa de viabilizar alguns experimentos onde a luz acabou se colocando claramente como elemento organizador da narrativa.
Essa história toda começa em um filme que assisti no domingo chamado “Rumba” (2008 - França / Bélgica). Na película, em uma determinada cena, o casal Fiona e Dom são poeticamente contrastados por suas sombras que, ironicamente, começam a dançar rumba enquanto os mesmos estão prostrados.
Percebi que essa poderia ser uma possível inspiração para uma cena que se coloca como desafio em nossa narrativa: representar teatralmente a magnitude do encontro de marinho com o universo marítimo. Pensei que com o advento do jogo de luz e sombra poderíamos ter alguma chance de êxito.
Contei minha idéia a Ronaldo e disse: “Como iluminador, duvido você conseguir fazer isso”. Pronto, acertei o homem no meio dos seus brios.
Por fim, saímos da sede agora a pouco e deixamos tudo engatilhado para amanhã mostrarmos ao resto da marujada. Espero que tenha alguma utilidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário