terça-feira, 16 de junho de 2009

Em duplas

Nesta terça feira, realizamos mais workshops relacionados com o Texto “O velho e o mar”. A partir das cenas já criadas por cada ator, Fernando nos pediu que em duplas (Camille e César/ Marco e Renata) criássemos uma nova proposta a partir desta união.
Chegando cedo ao Barracão para executar alguns ajustes da nossa cena (Renata e Marco), quando sai do escritório indo para a sala de trabalho fui surpreendida com uma imagem que por si só falava muito. O mesmo rolo de barbante branco que Marco estava utilizando para a nossa cena, inspirou César a criar no chão as figuras do mar, do barco, do grande peixe, e meio que estávamos os quatro colaborando para a cena. A idéia foi de enquanto um contava a história de Santiago o outro desconstruía a imagem de forma que tivesse conexão com o que estava sendo dito. Para mim a imagem suscitou mais do que a própria execução.
A outra cena. Eu narrava a história de Santiago enquanto Marco em certo momento assumia o papel do peixe sendo fisgado mas que na verdade eu que fui fisgada e que no momento em que os tubarões aparecem, Marco assume esse papel e eu tornando-me peixe sou devorada pelos tubarões mantendo a contação sem me alterar. Ao final da cena, despida (metáfora em ser devorada pelos tubarões), me deparo com uma grande espinha de peixe pendurada na escada ao fundo da cena. A espinha foi feita por cabides de roupas presos um ao outro com barbantes.
Avaliamos as cenas e refizemos a partir das observações. Estavam presentes Ronaldo e Gabriela que estão acompanhando bem de perto esse momento de experimentações, criações e investigação. Momento em que tudo é válido. Todas as idéias são bem vindas.

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