segunda-feira, 27 de julho de 2009

Valsas e aniversários

O contact improvisation hoje aconteceu na UFRN em uma sala do departamento de artes. Os meninos experimentaram sensações diferentes de movimentações circulares e que perfuram no espaço, para Sávio essas duas formas se complementam.


Em duplas, andaram pelo espaço mantendo o contato de superfície apenas pelas mãos e, aos poucos, foram deixando que todo o corpo se envolvesse. Depois da experimentação, Sávio pediu que eles, ainda em duplas, se deslocassem no espaço, com movimentações circulares, saindo do eixo, tendo em mente uma dança, um “valsar”. Eles começaram sozinhos, dançando, e aos poucos foram encontrando seus pares.


No exercício seguinte, eles desceram ao chão e subiram, mantendo o contato com o corpo do outro, tentando manter o equilíbrio e utilizar a frente e as costas do corpo. Depois ficaram de costas um para o outro, e uma pessoa subia nas costas do outro e buscava virar de frente. No último exercício em duplas eles levantavam um ao outro para que a pessoa ficasse com a lombar em cima do ombro.


Após essas experimentações, o grupo de C.I. foi para o momento de improviso. Eles se espalharam pela sala, e aos poucos duas duplas foram iniciando a jam e depois mais duas com música instrumental ao fundo. No final, como esses meninos adoram uma palhaçada, todos foram para cima da última dupla.  


Terminado esse momento, conversamos sobre os exercícios de hoje. Algumas coisas foram ditas que acho interessante citar abaixo:


* Quando o contato superfície inicia bem já vale por toda a improvisação.

* Existem diferentes caminhos para fazer o C.I, e isso proporciona fazeres diferenciados.

* Hoje a utilização da música criou apenas uma atmosfera e não interferiu na improvisação das duplas, pois o maior estímulo era o ritmo do outro.

* A música, os objetos e mesmo a construção narrativa podem ser estímulos.


Terminado o C.I. rumamos para a sede, e Tilis trouxe uma sobremesa deliciosa para comemorar os aniversários do mês. Pablo chegou atrasado, mas foi! Legal ver você, Balu! Marco também foi mostrar aos meninos os seus novos brinquedinhos, e eles batucaram um pouquinho.


Seguindo, os meninos iniciaram uma reunião em que Fernando sugeriu uma programação para o andamento do processo do Capitão. Eles irão reler o blog aos poucos, fazer anotações e fichamentos dos exercícios que foram levantados até agora e preparar uma maratona de apresentações, também irão tentar criar de 2 a 4 roteiros sem a preocupação de acabamento. A partir disso, eles criarão um esboço cênico, para depois tentar amarrar as coisas para o espetáculo.


E por último, com Rafael Teles presente, eles conversaram sobre os andamentos da produção do Capitão entre outras coisas, e cada um foi resolver suas questões: o César, Fê e Renata para o escritório, junto com Arlindo, para ver as coisas de produção de São Paulo, enquanto eu, Marco e Tilis ficamos dando uma geral na sede, organizando o espaço dos instrumentos, arrumando o “buraco negro” (quarto ao lado do escritório que, desde o início do processo, só vem acumulando coisas jogadas uma por cima das outras), e terminamos o trabalho de forma bem produtiva.

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