quinta-feira, 30 de julho de 2009

São muitas emoções...

Apesar do avançar da hora e do cansaço e sono que me dominam, não posso deixar de postar antes de dormir, diante da jornada tão especial que tivemos hoje (na realidade, ontem, quarta). Recebemos a visita da Adelvane, nossa mãe-clown, mestra tão importante na nossa trajetória, que está em Natal ministrando oficinas no Barracão e vai apresentar seu espetáculo A-MA-LA, neste fim-de-semana, e que veio trabalhar um pouco conosco em cima do universo do Capitão.

Pouco sabendo do processo, a não ser a leitura do livro do André que fez logo antes, a Adê trouxe um pouco do que vem trabalhando, e esse encontro serviu, em primeiro lugar, para nos reaproximarmos, depois de tantos anos de contatos tão atravessados e desencontrados.

E foi forte demais! Potente! Costas pro chão! Bola de borracha! Joga fora a energia cansada! Dinamizando, dinamizando! Comandos tão familiares, tão saudosos. Passada a sequência pré-expressiva, ela conduziu um trabalho de improvisação em cima da ideia da trupe. Um tanto direcionada por ela, um tanto naturalmente desenvolvido pelos meninos, a coisa acabou caindo pra uma trupe de figuras bizarras, como um aleijado, um travesti, uma velha com um garfo na mão, em resumo, um freak show. Muito bonito ver a Adê conduzindo o trabalho, interagindo com os meninos, tomando (e dando) cuspida, tapa, puxão de cabelo, enfim, entrou na atmosfera proposta pelos meninos e provocou ao extremo para extrair o que pôde deles.

Além das cenas que os meninos elaboraram em seguida - com um grau de aproveitamento, síntese e manutenção da essência da improvisação impressionantes! - e do excelente papo que tivemos depois, que apontou muitos caminhos coletivos e pessoais a serem seguidos, o que ficou de mais precioso foi ter a Adê de volta no nosso trabalho, figura tão querida e revolucionária na nossa história.

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