quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Inquietude

Para dar mais ânimo aos meninos, Fernando iniciou o trabalho falando sobre o que acha do material que temos em mãos, segundo ele, temos uns quarenta e poucos minutos de bom teatro, apesar de não termos ainda quarenta minutos de bom espetáculo. Daí, César demonstrou inquietação e levantou uma proposta sobre outra estrutura para a peça, uma forma mais linear de contar a história usando algumas das cenas levantadas em workshops. A partir disso, alguns questionamentos foram levantados, dúvidas foram apresentadas, falamos também da necessidade dos atores estarem trabalhando os seus personagens, as cenas, e todos ficaram um pouco inquietos. Depois de um bom tempo de conversa, os meninos foram ensaiar e Fernando, ainda inquieto, sentou em uma cadeira e foi escrever uma proposta de esqueleto para a peça de acordo com o que César havia falado.

 

Os meninos fizeram um aquecimento vocal, cantaram algumas das músicas criadas durante o processo, ensaiaram a batucada e em seguida Marco apresentou uma proposta de cena muito legal para o início da peça. Ele foi para a calçada da sede, colocou as roupas da sua personagem no chão e, confundido-se com o público, conversou com as pessoas ao redor, depois começou a falar sobre o significado de imaginação e, convidando o público a imaginar, vestiu a roupa da personagem, se apresentando e começando o espetáculo da trupe.

 

Em seguida, os meninos ensaiaram a contação dos pescadores, procurando ajustar a cena, e as meninas trabalharam na cena dos peixinhos. Depois deram uma passada em todas as cenas criadas e conversamos mais sobre o esqueleto da peça.

 

Gabi levantou a questão de que ainda não está clara nas cenas a importância de Marinho para a trupe, César propôs contar a história do Marinho, Fernando apresentou outras duas propostas de esqueletos da peça para dar vazão a sua inquietude e a dos meninos. Durante a conversa ficou claro que temos vários caminhos para contar a história do Capitão e a Sereia, e não temos como saber se escolhemos o melhor ou o pior, mas que devemos apostar nesse caminho que se aponta, pois essa é uma apropriação de todos, e não uma resolução da direção. 

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