segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Cumicalmo, Ghengis Khan e Lambaqui

Passada uma semana sem escrever no blog, pois viajei para Fortaleza por motivos de família, volto hoje ao barracão e já encontro novidade boa!  Gabi, Camille, Rafael T. e Arlindo fizeram uma arrumação em todo o espaço, está um brinco! Ah! Meu nariz alérgico agradece! E se fosse só isso... mas não é! Muita coisa aconteceu nessa semana, o “filhote” está surgindo e eu ainda nem vi a cara dele e pra completar não deu tempo de ver hoje. Nem!

Antes do ensaio conversamos com Sávio de Luna sobre o C.I. e os meninos ajustaram o horário com ele, pois por causa de tanto trabalho no barracão, muitas vezes o encontro começava atrasado. Depois os meninos resolveram coisas da revista ... E tivemos uma reunião de produção do Capitão e a Sereia com o Rafael Telles.

Para o ensaio, Fernando pediu que, em duplas, os meninos e meninas contassem três histórias a partir de estruturas criadas por eles anteriormente, a dos pescadores e a dos peixinhos. Os pescadores “machos” apresentaram primeiro!

1°) O velho e o Mar:  Marco e César contaram essa história de uma forma muito tranquila e redonda. No entanto, como eles faziam personagens de pescadores, eu não vi muito desses personagens em cena, e o lado bom disso, foi que eles transitaram entre narrador e personagem de uma forma muito sutil que me agradou.

2°) O Velho do Mar: Nas três contações os meninos usaram os mesmos elementos: giz, efeito de mar, lampião, varas e barquinho. O som do sino no início, que apesar de não ficar claro para mim por que estava sendo usado, tem uma sonoridade muito legal. A utilização do lampião foi muito interessante, gerou uma atmosfera muito legal para a cena e uma imagem bonita. Nessa contação, o que me interessou mais foi a forma como os meninos começaram: dois pescadores resmungando, dizendo coisas que não entendíamos, e entrando num barco desenhado no chão com giz, para pescarem. Isso me lembrou um pouco a brincadeira do cavalo- marinho, quando Capitão e Ambrósio discutem, acho que esse jogo pode ser usado nessa cena.

3°) Urashima Taro: Essa última contação foi menos acabada, mas trouxe elementos interessantes, como a tartaruga que era um lampião e que de repente passou a ser um desenho no chão, a figura de Urashima envelhecendo no final, e até a piada da caixa dobrável.

Algumas coisas ficaram na minha cabeça depois de ver as cenas: uma é que a utilização do giz é algo que no início soou estranho mas que, da forma como foi usado, eu embarquei no jogo; a segunda foi que as transições de como iniciar a cena até contar a história às vezes sofreram uma quebra esquisita; e o “olhar” e o “não olhar” dos pescadores para o público, me colocava dentro e fora do barco o tempo todo, o que era bom. Ah! E teve um momento em que eles construíram a história juntos, discutindo, achei legal.

A meninas, com um tempo bem mais curto do que os meninos, apresentaram as três histórias usando os peixinhos desenhados em cartazes.

1°) Urashima Taro: O público só via a boca das meninas e o desenho de uma tartaruga e do Urashima. A tartaruga era uma contadora que falava lentamente, e a mulher era bem objetiva e ficava cortando o barato da tartaruga. O que as meninas trouxeram de interessante nessa contação foi a utilização de vozes diferentes, ficou bem engraçado. O que não ficou muito claro foi mesmo a história, pois perdeu um pouco o foco diante das imagens.

2°) O Velho do Mar: As meninas, com a ajuda de Gabi, desenharam dois peixes: um peixe–cavalo-marinho, e outro peixe “normal”. Ao invés das bocas, nesta cena o rosto inteiro aparecia. Elas fizeram uma combinação de personagens que elas faziam em outros momentos “da peça” junto com os peixinhos, como o peixe que virou uma velho do garfo, e outro peixe que queria ser um cavalo marinho, ou era peixe de duas cabeças.

3°) O Velho e o Mar: Dois peixinhos desenhados também em um cartaz, só a boca das meninas aparecendo. Rê fez um peixe que repetia demais as palavras e Tili fez um peixe que contrariava tudo o que o outro estava contando. A história não ficou muito clara para mim.

Depois de conversarmos sobre as contações, fizemos uma leitura de uma ideia de texto para o inicío do espetáculo em cima do que os meninos vêm criando.

E para finalizar o relato de hoje algumas palavrinhas do dia: pinóquio, cumicalmo, piranha, burrilha, cutucatu, lambaqui, Rei Ghengis Khan...

Saúde!

Um comentário:

  1. Por favor, preciso muito saber o significado da palavra cumicalmo. O que quer dizer? Não é uma palavra do léxico? De onde você tirou esta palavra.
    Muito obrigada. Por favor, responda-me para sandraleny@uol.com.br, se possível.

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