quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Como fazer!?

Fernando iniciou o trabalho pedindo aos meninos que retomassem 6 cenas pensando na reestruturação destas a partir de três coisas, o ponto de partida (e agora o que eu faço?), a história de Marinho bem executada, e a crise/diluição dela.

 

A primeira cena apresentada foi a dos pescadores contando O Velho do Mar. Os meninos criaram uma cena que antecedia a contação, usando a cortina como se estivessem envergonhados para contar a história, fizeram referência ao Fábulas falando “era uma vez”, depois tiveram uma ideia e começaram a contar a história usando os cajons e varas, também mudaram o nome da personagem principal para Marinho. Depois de um tempo, os atores da trupe, sem saberem mais o que fazer, pois Marinho (outro ator da trupe) não chegara, colocaram uma TV para as pessoas assistirem, porém ela não funcionou e os atores saíram encabulados. 

 

A segunda cena foi a das meninas que contaram a história do Velho e o Mar. Elas criaram uma cena que antecedia a contação, na qual entravam como atrizes da trupe fazendo uma mágica em que Marinho surgiria, mas a única coisa que saiu do chapéu foi giz. Assim, elas tiveram a idéia de riscar um barco no chão, onde sentaram e tentaram contar a história, e num certo momento contaram ao mesmo tempo, dividindo o olhar do público que assistia.

 

Depois das apresentações, Fernando fez algumas considerações e pediu que as meninas contassem a história com mais lirismo, sem o ar farsesco, pois a trupe sabe contar muito bem as suas histórias. Aos meninos, pediu que tentassem objetivar  as ações, pois muita energia foi perdida. Também pediu que eles definissem melhor o momento em que os atores da trupe se transformam nos pescadores, e trouxessem a qualidade do jogo entre os pescadores que tinha se perdido. Assim, as duplas refizeram as cenas, e foi melhor.

 

Em seguida, fizemos uma roda e falamos sobre as cenas. Até agora a ideia é que a peça O Capitão e a Sereia seja feita pelos Clowns que representarão atores de uma trupe, que sabem contar muito bem histórias mas, devido a falta de um dos atores, ficam constrangidos e não conseguem fazer o espetáculo. A partir disso, vêm as dificuldades de como colocar esse constrangimento em cena, de como encantar o público com o “que não deu certo”, do como arrumar a cena para que o público entenda o que está sendo pensado...

 

Após a conversa, Marco e Camille refizeram a contação dos peixinhos, dessa vez contando a história de Urashima Taro, e Renata e César refizeram a cena do Nascimento do Herói. As duas apresentações foram bem legais, mas a do Nascimento do Herói não mostrou o momento de crise, do impasse em que a história não teria mais como ser contada. Mas depois conversando sobre a cena, os meninos encontraram formas de criar esse impasse, e a outra dupla também levantou uma ideia muito legal de os atores se perguntarem onde Marinho está agora, em Cuba, no Japão... Além disso, com Wanda na roda, não poderíamos deixar de conversar sobre o cenário e figurino. Se falou em fazer uma barcaça em que os atores da trupe contarão as suas histórias, sobre a colocação dos instrumentos, de as baquetas do metalofone parecerem escamas de peixe...

 

E por fim, Fê pediu que os meninos decorassem o texto do Rafa, e pensassem numa contação do Capitão e a Sereia para ser feita na sexta-feira.  

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