terça-feira, 4 de agosto de 2009

Clareando

Pense num barracão movimentado! Quase todo dia nós temos novidades, boas digam-se de passagem, e a de hoje foi a chegada de Márcio e a visita rápida de Maria Thais. Ou seja, um presságio de que hoje o trabalho iria ser aflorado!


Marco primeiro conduziu um aquecimento vocal e depois a trupe “Clowns” mostrou as músicas compostas para Márcio e Wanda, que ainda não conheciam todas, cantaram e tocaram essas três: O Surgimento da Trupe, O Tema do Capitão e Seja Firme Capitão.


Ok! Agora fomos rumo a mesa e sentamos ao redor. Ah! Vale registrar que Ronaldo, Rafa Telles e Cuca estavam presentes também, ou seja, para completar o time faltavam apenas Mona e Helder. Bem, primeiro os meninos colocaram Márcio a par dos últimos acontecimentos, das coisas que permeavam os seus pensamentos, Marco fez uma leitura/cena do prólogo, os meninos leram o texto que Rafa escreveu e foi... foi muita coisa pra minha cabeça, viu?! E olha que Márcio ainda nem tinha começado a falar e os meninos ainda não tinham salpicado de ideias a construção do espetáculo.


Como eu percebi que não daria conta de registrar toda aquela conversa, peguei a câmera e filmei alguns momentos. Mas também fiz algumas anotações que achei relevantes e aqui estão elas, algumas faladas pelos meninos, outras por Márcio, Fê, Rô...


- Ideia: o espetáculo não acontece. Um (des)espetáculo.


- Não perder de vista o pretexto para o fazer, para contar.


- Quem é o interlocutor? Os públicos são diferentes, as pessoas da cidade para a trupe, e as pessoas do SESI para os Clowns.


- Quem é o capitão? Ter uma clareza sobre quem ele é, mesmo que ele passe a ser apenas um pretexto. Cada um pode ter o seu Marinho.


- Deixar o problema para o público, precisa ou não de Marinho?


- Marinho é o ator que não apareceu.


- O texto tem que ter um entendimento simples, o público tem que entender tudo o que foi pensado.


- Deixar a pergunta para o público: quem é o meu Marinho de hoje?


- A utilização do precário tem que ser bem melhor do que uma cena com mais recursos.


Fê fez duas perguntas a Márcio. Como fazer a seleção das cenas? Como proceder na construção da dramaturgia? E Márcio clareou bastante o caminho dessa barcaça. Ele sugeriu que os meninos pensassem no Marinho que cada um contaria, e o que a estrutura teria de sustentável e de falso. Falou também que os atores fizessem um levantamento das cenas que achavam mais relevantes, sugeriu que as linhas narrativas se dessem através do fazer (assim como César havia sugerido no seu roteiro) e que os meninos encontrassem o ponto de crise da narrativa, o impasse, no qual eles não pudessem continuar mais a história.


A conversa foi muito gostosa, muito esclarecedora, e a imaginação dos meninos pegou fogo. Márcio teve que voltar para João Pessoa no mesmo dia, mas voltará depois! Wanda conversou também sobre algumas propostas estéticas que tinha, massa! Fim de relato por hoje.

3 comentários:

  1. Paulinha... Parabéns pelos registros, esta muito gostoso de acompanhar a sua narrativa, sempre muito carinhosa e entusiasmada.

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  2. Falta não! "To" aqui... virtualmente! Tentando acompanhar... me inspirar... cheia de curiosidade.
    Bom trabalho!

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  3. Viva, Mona!!!! Falta você presencialmente, porque no trabalho você já tá, lembrada, comentada e com a presença desejada todos os dias!!!! Beijos!

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