quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Cenas

Os meninos prepararam mais duas cenas hoje: César e Marco refizeram a cena do Che, e Rê e Camille uma contação do livro do Capitão em que contavam a história ao mesmo tempo. As duas cenas apresentadas estavam cheias de energia. Na do Che, os meninos criaram uma cena inicial interessante, eles tinham ideias que julgavam ruins e desistiam, até que tiveram a grande ideia e começaram a contar bem. No fim, o personagem de César passava de herói, para um ditador, gerando a crise. Depois os meninos refizeram o começo da cena, e Fê pediu que Adelvane (que estava assistindo) ajudasse nos ajustes, pois o inicio tinha um ar clownesco. Tanto o começo como o final, apontaram modos interessantes do “como fazer” a crise, de como iniciar com constrangimento.

 

Na segunda cena, as meninas iniciaram como atrizes da trupe apresentando um número de equilibrista, em que Tili era a apresentadora e Rê a equilibrista em cima de um barco. Durante o número, elas vêem um “barco” passando (metalofone sendo puxado por um barbante que Marco segurava) em que as velas eram livros do Capitão e a Sereia. As duas olham o livro, e pegam para ler, daí as atrizes percebem que o protagonista daquela história era Marinho, ator que fazia parte da trupe, que um dia tinha sumido, e elas não sabiam onde ele se encontrava agora. Assim, elas começam a contar a história do livro, como a própria história delas, na estrutura das contações simultâneas. Marco, Tili e Rê refizeram a cena pensando numa estrutura de corredor, sem desenhar mais o barco no chão e ajustaram o início da cena.  Os três iniciaram a cena como atores da trupe, empurrando um ao outro. A equilibrista passou a ser a mulher que não consegue se equilibrar, mesmo com dois pés no chão, e no final, ao chegarem na página em que o Marinho vai embora, ficam tristes ao lembrar do episódio, disfarçam e saem.

 

Nós conversamos sobre as cenas apresentadas, o quanto elas apresentaram elementos interessantes que podem ser usados na peça, e Fê também falou de uma estrutura dramatúrgica que pensou para a peça do Capitão e a Sereia. 1°) Inícios falsos, espera do ator que não chegou; 2°) Contação da história do Capitão e a Sereia; 3°) Versões de Marinho, confabulando onde ele pode estar/histórias sobre ele; 4°) Cena do encontro de Marinho com o mar, encantamento; 5°) Epílogo, pedido de desculpas, brincar com o que é verdade ou não.

 

Fernando pediu que todos lessem o texto do Rafa, e falou também para as meninas ficarem mais atentas a utilização da voz delas na cena, pediu mais determinação. 

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