quinta-feira, 11 de junho de 2009

Nós

Diante do post de hoje do Marco, tão completo na descrição das atividades, dar-me-ei ao luxo de fazer escrever impressões e reflexões isentas do peso de dar conta de relatar como foi nosso trabalho.

Além de todas as questões que o Marco já levanta, a avaliação de hoje foi muito rica, como um balanço da metade do trabalho concluída - 3 dos 6 dias de trabalho com o Márcio.

Para mim, o principal ganho dentre tantos que a participação do Marciano já nos trouxe é apontar caminhos para a "dialetização" do olhar na criação da cena. Como falei na avaliação, temos uma facilidade em criar a cena a partir das soluções, e hoje acredito que precisemos transferir o foco da criação para o pensamento. Inclusive, como o Márcio bem lembrou, tendo a consciência que é preciso abrir mão de boas soluções em nome da cena. Desafio difícil...

Cada vez mais - e falo como se estivéssemos há muito tempo em processo, e é o que nos parece! - a dimensão política desta montagem fica evidente para nós. A discussão sobre a "existência em grupo", sobre as opções de vida que tendem ao indivíduo, aos valores que o neo-liberalismo insiste em afastar de qualquer ideia coletivizadora.

Penso no velho Santiago, que insiste em manter seus valores "antigos" e não recorrer aos modismos pesqueiros; Penso também na trupe do Marinho que fica, que mantem o sonho.

O protagonismo é, sem dúvida, uma chave fundamental para a discussão desse espetáculo.

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