sábado, 5 de setembro de 2009

Quase tudo

Hoje o Barracantes teve um gostinho especial. Por um lado, foi um evento bem caseiro, já que acabamos não enviando o Desembucha, nosso boletim semanal de divulgação do grupo, e tivemos um público pequeno. Pequeno, mas seleto. Quase todos habitués do Barracantes: Dona Vilma (mãe do Marco), Sávio de Luna, Gisele e Larissa, Analwik, dentre outros.

Pela primeira vez apresentamos o final do espetáculo. Apesar de não termos ainda todas as cenas levantadas, boa parte já está de pé. Pude sentir um pouco a cara do espetáculo, analisar de forma mais totalizante, perceber as barrigas, os buracos, as deficiências, e isso foi muito bom. O Ronaldo brincando com a operação de luz, mesmo sem ter podido mexer na montagem e afinação ainda, já é outra coisa. Com certeza falta muito ainda, as fragilidades ficaram mais expostas do que nunca, mas demos um passo importante.

Duas coisas me chamaram atenção em relação ao público.

Uma foi o comportamento do Sávio e da Gisele durante toda a apresentação. Como eles vêm acompanhando bem de perto todo o processo, foi muito bacana ver como ficavam o ensaio todo fazendo observações um para o outro, analisando, comparando, apontando. Eram quase o espelho meu e da Paulinha, que estávamos de frente para eles, como se fossem um duplo de diretor e assistente de direção. Isso me despertou uma sensação muito boa, de apropriação do processo por parte deles - apesar do Sávio trabalhar conosco, o envolvimento dele com os ensaios em si quase não existe -, reforçando ainda mais como esse processo aberto tem sido legal.

A outra foi uma observação da Dona Vilma no debate. Em primeiro lugar, o próprio fato dela ter falado espontaneamente já foi muito legal. Em geral, o Marco praticamente obriga ela a falar alguma coisa, e ela se resume a fazer alguns elogios. Hoje, ela foi uma das primeiras a falar, e disse estar encantada em descobrir como é um processo de montagem, como se dá o trabalho do seu filho e nora. Disse que antes não entendia "o que tanto fazíamos", já que achava que fazer teatro era decorar texto e "ir para a cena", e que agora está entendendo a quantidade de coisas que é preciso se preocupar, etc. E disse que desejava que todos tivessem essa oportunidade, de conhecer como se dá o processo. Perfeito.

Temos agora mais dois Barracantes antes de pegarmos nossa barcaça e partirmos rumo à estreia. Na próxima semana não teremos ensaio aberto, porque lançaremos a nossa revista. Depois, teremos dois sábados para fechar todo o espetáculo, deixá-lo lindinho pra abrir a temporada. Coragem!!!!

P.S.I. (post-scriptum-importantíssimo): Hoje não teve pagode ao lado da sede!!!! Correndo o risco de cantar vitória antes da hora, arrisco: Estaremos livres????

3 comentários:

  1. Faltou eu, mas nossa mãe me representou muito bem. Valeu, Dona Vilma!!!

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  2. Está sendo incrível "fazer parte" do processo. Sinto-me "contemplada" (rs) em poder acompanhar semanalmente esse trabalho. Pois antes de dar opiniões ou emitir comentários no final de cada experimento, antes de qualquer coisa, o que posso dizer é que todo sábado a noite, eu aprendo mais um pouquinho com vocês.
    Gisele Carvalho

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