terça-feira, 1 de setembro de 2009

Natureza

Começo a imaginar cada cena sendo feita dentro do espaço do SESI, com o cenário que ainda está no papel, figurinos, atores-personagens, luz, cortinas, músicas, público, ai, ai.... Estamos a cada dia mais pertinho de termos o esqueleto pronto, e estamos todos ansiosos para ver tudo o que temos em mãos.

 

Caminhamos um pouco mais na cena azul, Fernando trouxe uma proposta textual em cima do que os meninos estavam improvisando e narrando, eles ensaiaram, ajustaram algumas coisas, modificaram outras. Essa é uma cena em que apostamos muito, pois durante as improvisações continha um jogo muito interessante, e é a cena do encontro de Marinho com o que ele mais sonhou na vida. Agora que a cena começa a ser amarrada ainda vejo os meninos buscando um jogo entre eles e com a cena.

 

Os meninos fizeram uma passada rápida da peça – até onde temos - para que Ronaldo assistisse e ficasse a par do que vem sendo feito. Pela primeira vez, fizemos um passadão na lona, que muda a luz e a relação entre os atores. Rô fez algumas observações, e eu, assim como entendi, relato aqui. Ele ficou um pouco confuso com relação a diferença entre atores e personagens, disse que a cena dos pescadores é uma cena muito rica e o começo do espetáculo ainda é frágil, sugeriu que os personagens da trupe tivessem mais verdade cênica, gostou da cena azul, e acha que os personagens apresentados no inicio prometem algo que depois não será concretizado cenicamente, ... Com relação a essa última colocação, Fernando falou que acha que isso precisa mesmo estar mais claro na peça, pois o que está sendo prometido realmente não vai acontecer, já que a trupe não fará um espetáculo.

 

E hoje o grupo ensaiou com um carrinho que Marco trouxe, que será utilizado por enquanto, já que o “verdadeiro” ainda não foi feito. A ideia é que durante a cena do encontro de Marinho com o mar, um dos meninos fale mais ou menos o seguinte: e enquanto isso a trupe viajava pelo sertão, de cidade em cidade contando suas histórias sobre o mar. E daí a barcaça da trupe em miniatura passa no meio da cena, com as vozes dos atores saindo de um som dentro dela. Não sei se dá pra quem lê imaginar essa parte da cena, mas é uma das coisas que eu mais gosto na peça, e ainda nem foi marcada direitinho.

 

Gente, tem noção de como é estar ensaiando e ter alguém construindo o figurino, cenário, tudo bem pertinho?! No meio do ensaio chega Wanda, mede a cabeça dos meninos, mostra chapéu, pede pra provar figurinos... É uma preciosidade. Eu fico só babando, curtindo e vendo o olho dos meninos brilhando, tudo animadim! Poxa, vida...  é tanta gente boa nessa equipe, sei não, viu!? E quando digo equipe, nesse caso, me refiro a todo mundo que já contribuiu de alguma forma nesse processo.

 

Ah! Cuca trouxe uns vídeos sobre o universo “mar” à vários dias atrás, e ontem os meninos mostraram um deles a Wanda, por causa de uma cena do quarto ato em que alguns seres do mar provavelmente aparecerão. No vídeo tinha cada peixe lindo, bizarro e inacreditável, meu olhar romantizado nessas horas só quer dizer esse tipo de frase: a natureza é linda e perfeita! E como diria Marco, ou Xandó, fico toda arrepiada!

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