terça-feira, 14 de julho de 2009

Pele seca, alma úmida.

Uma das atividades realizadas no dia de ontem foi a análise em duplas (Camille e Marco/ César e eu) das páginas 6 e 7 do livro O Capitão e a sereia.. Segue alguns pontos levantados da nossa dupla a respeito da ilustração e o do texto:
*Toda a figura é composta sob uma textura que lembra uma parede. E que remete a um ambiente seco, o sertão.
*Paisagem: Cactos verdes com espinhos, pedras (algumas lembram pedras de arrecifes e outras são texturizadas).
*Tudo o mais que ocupa a ilustração diz respeito a Marinho e sua intervenção no espaço. Tudo que ele traz parece fruto de outro lugar, seja físico ou proveniente da sua imaginação.
*Discordando da paisagem sertaneja, Marinho veste roupa de capitão, segura uma vara de pescar apoiada a um barquinho, além da presença de um aquário com água e um peixinho.
*Além da estranheza das vestimentas de Marinho, o que realmente subverte a possibilidade do real são os seguintes elementos: O chapéu cheio de água, a sombra de água que o acompanha e um terceiro que gerou dúvidas se é ou não da vara, é o anzol com uma pequena bóia que aparece no canto superior a esquerda da página 6. Estes dois ou três elementos nos levam a concluir que o verdadeiro entendimento da ilustração só se faz no campo da metáfora ou da abstração, onde o próprio texto confirma essa chave, essa forma de olhar. “Marinho sempre navegou em sua imaginação marítima por oceanos nunca antes navegados, muito além das terras onde vivia”.
*Assim como a imagem, o texto também é cheio de metáforas: “Olhos azuis como o horizonte que une céu e mar”; “Coração cercado de águas por todos os lados” ; ” Sentir o corpo molhado pelos encantos aquáticos”.

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