terça-feira, 25 de agosto de 2009

Quarto ato

O ensaio começou com os meninos explorando novamente um exercício que Marco trouxe e que só agora foi denominado de Balai, este envolve instrumentos, objetos e figurinos, todos eles espalhados pelo chão.

 

A ideia é que, a partir desse exercício, os meninos construam o quarto ato do espetáculo, cenas mais ilusionistas, que falem do encontro de Marinho com as profundezas do mar. Assim, enquanto os meninos exploravam os objetos, sonoridades, narrações, corporeidades, Fernando foi lendo trechos do livro do André Neves, a fim de dar mais estímulos para a criação. Tanto eu, quanto Fê, fomos anotando as imagens interessantes que iam aparecendo, e não foram poucas.

 

O Balai é muito interessante, e particularmente hoje ele foi muito bom, e a chuvinha do lado fora só ajudou e deixou-o mais instigante. Os meninos estavam muito inteiros, e Camille se entregou ao jogo de uma maneira muito bonita, o que só acrescentou ao trabalho dela como atriz e a sua relação de cena com os outros.

 

Dentre as várias imagens, algumas me chamaram mais atenção, como: a brincadeira de Rê com a lanterna e o efeito de mar; Camille em cima do cajon e César com uma chapa de fotolito iluminando-a; César puxando Tili com o casaco de Marinho; Marco tocando o tema no escuro; a brincadeira do pescador explicar ao Marinho alguns lugares marítimos; César e Camille tocando metalofone juntos, César como Sereia e Tili como Capitão, enamorados; Rê tocando clarinete como a sereia e Marco como o Capitão fazendo uma lua com o efeito de mar e uma lanterna, relação sensual...

 

Assim que terminou o exercício, César e Tili, Rê e Marco criaram dois roteiros para a penúltima cena e depois demos uma conversada sobre tudo. Uma coisa que Fernando quer para essa cena é que os atores tenham uma relação individual em cena, que o encontro do Marinho com o mar seja no escuro, e que o canto da sereia seja o silêncio. 

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