quarta-feira, 8 de julho de 2009

Fulô

O grupo começou o trabalho com uma reunião com Carlos Fialho, do Jovens Escribas, sobre um projeto em comum entre os dois coletivos que estão elaborando. Assim que acabou a reunião, Marco iniciou um trabalho musical com os meninos. Primeiro ensaiaram o tema do capitão, depois fizeram um exercício que Marco propôs.

Ele arrumou o espaço com alguns instrumentos de quatro timbres diferentes, formando um relógio na sala. Daí os meninos fizeram um aquecimento andando pelo tablado, percebendo a pulsação coletiva e individual, procurando manter o espaço equilibrado, olhando no olho do outro, entre outros direcionamentos que Marco ia falando enquanto também fazia. Ainda nesse exercício, fizeram um jogo de palmas, contando de 9 a 1, procurando manter a pulsação e a contagem, enquanto Fê pedia para os atores pararem em alguns momentos, e depois continuarem.

Fotos: Maurício Rêgo

Seguindo, três atores sentaram nos cajons, e um ficou no meio da roda. O exercício era explorar os instrumentos, enquanto a pessoa que estava no meio também explorava movimentos, texto, canção, o que quisesse. Aos poucos quem estava no meio, usando um passo do Mergulhão, chamava o outro para o meio, e ia para o instrumento. Todos passaram pelo meio da roda e por todos os instrumentos.

Fê interferiu no exercício do César, e depois da Renata, fazendo algumas intervenções. Depois, pediu que Marco lembrasse da história do Velho do Mar – que não é O Velho e o Mar – apenas em pensamento relembrando a figura do pescador que havia criado em um workshop junto com César. Depois, César também entrou e aos poucos eles foram criando relação. Enquanto isso, Tililim, Rê e Fê estavam tocando instrumentos. Primeiro Marco começou a contar a história e quando ele parou César continuou, como pescadores. Depois apenas como narrador.


Depois, as meninas entraram na roda, e os meninos saíram e assumiram os instrumentos. Enquanto os instrumentos tinham um batida forte, as meninas jogavam com movimentos no meio da roda, depois uma delas batia com os pés no chão, e começava a contar a história, procurando apenas narrá-la, sem teatralizar. Após algumas trocas, elas contaram a história ao mesmo tempo, sendo que cada uma voltada para uma parte do público.

Em outro exercício proposto por Marco, os meninos cantavam uma toada, que aprendemos na semana com Helder, e um deles era o capitão, e o restante o coro. Cada um, na sua vez, era o capitão. Tudo o que o capitão fazia de movimentações, o coro repetia. Surgiram movimentos bem interessantes.


Ao terminar o exercício, Marco pediu que os meninos em casa pensassem numa melodia para a letra de música que Rafael Martins criou.

Fê colocou alguns instrumentos no centro da roda. César pegou a sanfona, Camille a zabumba, Renata o coquinho, e Marco o triângulo. Eles tocaram os instrumentos, cantando a toada “Plantei jerimum...”, procurando ajustar a melodia, e depois Fê pediu que Marco e César trocassem de instrumentos. Os meninos brincaram um pouco ao cantar. Fernando pediu que eles registrassem um pouco do jogo que havia surgido entre eles.


Por fim, sentamos no chão e conversamos sobre como foi o dia. E a música ficou na minha cabeça...
“Plantei jerimum estendeu não butô (2x)
Viero as menina e apanharo a fulô (2x)
Fulô, Fulô
Viero as menina e apanharo a fulô (2x)”

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