quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Companheiros

Visitas sempre foram muito bem vistas e recebidas nesse processo de criação, e hoje tivemos o retorno “do trio pernambucano”, Tine, Lori e Vivi, e a primeira visita calorosa do mineiro Ernani Maleta. Bem vindos!

Marco deu inicio ao ensaio da parte musical da peça, passeando por todas as sonoridades indicando ajustes aos meninos. Em seguida, Fê retomou a limpeza de cenas a partir da colocação dos elementos na cena azul, pedindo que os meninos colocassem os elementos de acordo com o desenho na lona, e também trabalhou três propostas para a cena do “encontro” de Marinho com o pescador: a primeira foi Tili usando o chapéu de Marinho, mas sem falar nada; a segunda ela colocava o chapéu na mão e respondia ao pescador; por fim, os atores revezaram a personagem do pescador, falando com o público como se este fosse o Marinho. Esta última foi a ideia que ficou mais interessante. Além disso, tivemos algumas pausas para os meninos resolverem coisas no escritório. Nesse meio tempo, chegou a outra estrutura cênica em que ficará a cortina de saída dos meninos, a barcaça em miniatura ficou pronta e Marco já testou ela com a batucada gravada em um mp3.

Finalmente, fizemos um ensaio com tudo o que temos para que os nossos visitantes assistissem. Os meninos, principalmente Marco, estavam bem “ansiosos” em cena, por causa da presença do publico novo, e a apresentação foi um tanto longa. Depois, Ernani falou de suas primeiras impressões em relação a peça e apontou algumas questões que listo abaixo.

- As diferenças entre personagens, atores da trupe e clowns ainda não estão claras. O figurino não pode ser a única diferenciação.
- Incomodou a dificuldade em entender o jogo que é proposto, pois não consegue ver ele realizado o tempo todo.
- O texto do Capitão e a Sereia não entrou em um caminho lógico.
- A cena azul é muito bonita, mas ele não foi preparado para ter o “tesão” que essa cena propõe.
- Os pescadores é um número da trupe?
- Chega um momento em que a trupe desaparece. Prepara-se para um mistério que depois vira poesia. Cadê a trupe?
- A dinâmica da música é muito sutil, perceber até onde pode se estender uma nota para que não cause desconforto no público. Ele lembrou de filmes europeus, que têm uma música única do início ao fim.
- A utilização do rói-rói incomodou mais do que ajudou a cena dos pescadores.
- Os atores precisam contemplar os quatro lados do público.
- Pensar se, na cena do pescador, é mais interessante privilegiar o desenho da personagem ou privilegiar o texto. O que a cena dos pescadores está fazendo ali?
- Existe um buraco na música do circo, a sugestão é tirar o som da sanfona enquanto Tili está suspendendo o efeito de mar.
- O tom de César, enquanto ator dos clowns, parece severo.
- Porque os clowns não tem a ver com “isso”?
- Não conseguiu prestar atenção na contação simultânea.
- Por que Marinho é tão importante? O que a dramaturgia constrói em relação a isso?
- Camille pode exagerar mais na articulação enquanto faz a tartaruga.
- O vocalize está melhor no ensaio do que na peça, precisa ajustar as vozes das meninas as ações da peça.
- A abertura da peça é muito legal, tem ideias muito boas, e os atores estão bem.
- Se conseguirem deixar o jogo claro, o pacto dos clowns ganha o espetáculo.
- Os atores precisam deixar claro o estado das personagens.
- O mirante está tímido.

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