terça-feira, 21 de julho de 2009

Momentos do Capitão

O trabalho de hoje começou com um exercício que Marco propôs de dividir em momentos a história d’O Capitão e a Sereia, para que depois esses momentos pudessem ser traduzidos em sons.


Os meninos conseguiram dividir o livro em sete momentos: Menino Marinho e seus sonhos aquáticos; O êxodo do herói; Encontrando pares; Circulando com a trupe; Em busca de outros mares; O canto da sereia; e Gosto de marasmo – o retorno.


A partir dessa divisão do livro e de uma ordem estabelecida de quem era o primeiro, segundo, terceiro e quarto a contar os momentos, eles iniciaram a contação ainda sentados, procurando ser objetivos e sucintos na narração. Depois eles se levantaram e, enquanto faziam massagens uns nos outros, eu falava o título dos momentos, e eles começavam a contar.


Fizeram a contação obedecendo a sequência do livro e depois de modo aleatório. Marco ia conduzindo o exercício, e após algum tempo eles começaram a acrescentar elementos à contação, dizendo coisas que no texto de André não estavam escritas.


Eles contaram a história em pé, sentados e deitados. Nesse meio tempo, Fê chegou ao Barracão e interferiu um pouco no exercício, dando orientações para Camille. Depois ele pediu que os meninos encerrassem o exercício, pois queria trabalhar com os workshops que eles haviam criado em duplas. Fê havia pedido que os meninos contassem a página 9 do livro, sentados em bancos e procurando dar mais atenção a narração.


César e Renata apresentaram uma cena em que César era um apresentador de um programa policial de televisão e Renata a entrevistada, que não podia mostrar o seu rosto. Os meninos se utilizaram de sombra,  fazendo com que o público só enxergasse a silhueta da Rê.


Foi muito legal a imagem que eles criaram, e a forma que encontraram de contar a história, se utilizando de duas figuram que estamos acostumados a ver em televisão. Entretanto, a história ficou um pouco aquém da imagem, pois a imagem era mais interessante do que o que estava sendo contado e até a forma como eles contavam também sobressaía do que estava sendo dito. Além disso, eles focaram alguns elementos da história, como o fato do Marinho colecionar postais, que não deram conta do conteúdo da página como um todo.


Depois, foi a vez de Marco e Camille apresentarem sua cena. Eles usaram mais uma vez a cartolina com dois peixinhos desenhados e o público só podia ver a boca dos dois. Marco era um peixe mal humorado, e Tilis uma espécie de contadora de história. Eles contaram a página 8 do livro. Camille falava com as palavras do livro, descritivas e que causam dificuldade de compreensão ao espectador e Marco traduzia de forma objetiva o que ela dizia com tanto floreio.


Depois da apresentação, nós conversamos sobre a apresentação dos workshops e sobre um assunto que tem estado presente em quase todas as conversas do grupo: a forma de contar uma história, a prática do falar estando a vontade, de forma tranquila, do ator narrador. Também falamos sobre o exercício que Marco propôs de estímulos musicais. E, por último, os meninos fizeram uma reunião rápida sobre o planejamento de trabalho da outra semana, e Fê falou um pouco sobre questões que envolvem a temporada em São Paulo. E Arlindo, César e  Tilis ganharam narizes de palhaço que Fê trouxe de Sampa.

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