Afinação de luz, ensaio, repetição, limpeza do espaço enquanto passava texto na cabeça, arrumação de cadeiras, aposta de quanto tempo duraria a apresentação do exercício, e Barracantes a noite, é um resumão do dia de hoje.
Concordo com Fê quando ele diz que hoje foi bem especial, realmente o processo se encontra numa outra fase, de estruturação da peça, de levantamento das cenas, de saber o que funciona ou não aos olhos do público. A ideia de apresentar três exercícios hoje, com as mesmas cenas, mas estruturadas de maneiras diferentes, para mim é um luxo em um processo de criação, principalmente quando o público se dispõe a dizer o que achou de bom e de ruim, o que entendeu ou não, e assim vai, tudo é lucro.
A apresentação foi muito divertida, ao menos para mim. Teve momentos ansiosos por parte dos atores, de esquecimento do texto, de descontração, de brincadeira com o que estava sendo proposto, de apenas ser e estar. O público falou de qual exercício tinha gostado mais e sobre as suas impressões.
Algumas questões levantadas no debate:
- O que os meninos diziam nem sempre fora bem compreendido pelo público, algumas vezes pela forma como os atores falaram o texto.
- A música tema tocada pelos meninos não estava bem incorporada a cena, parecia mais uma ilustração desta.
- No terceiro exercício os atores estavam mais naturais, apesar do segundo ser a estrutura que o público mais gostou.
- A pergunta (você já mergulhou para dentro?) que Marco fez ao público, ficou muito presente na memória deles, até porque foi repetida mais de uma vez. A partir disso, os meninos falaram que era importante para a peça que também ficasse na memória o restante do texto que Marco falava, sobre não nadar sozinho, olhar para dentro mas não esquecer o que está ao redor.
- Que tipo de sonho o homem carrega? Depois que ele realizou o sonho, o que ele faz com isso? No caso de Marinho, o sonho de conhecer o mar se torna apenas Um prazer egóico quando realizado, não apresenta nenhuma função social, como quando ele contava histórias junto a sua trupe, alegrando a vida das pessoas, perde o sentido.
Uma longa caminhada começa com um primeiro passo. Avante Clowns!!!
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